
A sua companhia pode adquirir uma outra empresa com poucos recursos? A resposta é sim.
O Leveraged Buyout (LBO) consiste justamente na aquisição do controle de uma outra companhia com baixa necessidade de capital próprio. Como a própria tradução literal enfatiza, o LBO ou “Compra Alavancada” consiste em uma transação financiada com uma elevada proporção de dívida em relação ao capital próprio. Pelo fato de envolver um deal com alta alavancagem, os títulos emitidos para tal finalidade possuem risco significativo.
O primeiro passo para se estruturar um leveraged buyout é a seleção de uma companhia que o comprador acredita que esteja subvalorizada, existindo um grande potencial de geração de valor a ser extraído. Nesta etapa, é fundamental que o comprador avalie suas finanças, os riscos e a alavancagem que seu balanço pode suportar.
Com a definição do potencial target, o próximo passo é definir a estrutura de capital para o LBO. Geralmente, é utilizado um mix composto por uma proporção elevada de dívida em relação ao capital próprio dos investidores. É nesse momento que se define as fontes de financiamento. Em geral, o financiamento da dívida é garantido pelos ativos da empresa-alvo e da companhia adquirente para redução do risco da operação e, consequentemente, da taxa de juros.
Em seguida, o grupo de compradores negociará os termos do leveraged buyout com os diretores e conselheiros da outra parte, executará a due diligence com as informações fornecidas pela empresa-alvo e definirá o preço de compra, bem como provisões para pagamentos futuros, com base no desempenho da companhia. É importante garantir que todos os pontos comerciais estejam cobertos no contrato de compra e venda, assim como definir as garantias e condições.
Uma vez acertados todos os termos da negociação e obtidas todas as aprovações, as partes fecharão a transação e o grupo comprador passará a deter o controle da outra parte. Após concluído o fechamento, os investidores buscam extrair valor e sinergias da aquisição, de maneira a quitar a dívida com a geração de caixa operacional proveniente dos ativos da empresa-alvo adquirida.
Existem diversas vantagens de uma transação de LBO bem-sucedida. Algumas delas são:
Apesar do declínio do número de transações utilizando a estrutura de compra alavancada após a crise de 2008, o número de LBOs de grande escala voltou a crescer durante a pandemia de Covid-19. Grande parte deste crescimento se deu pela manutenção das baixas taxas de juros na época, o que manteve o custo da dívida baixo e aumentou o apetite por maiores alavancagens e retornos. Além disso, o potencial de geração de valor e de crescimento das companhias com a flexibilização dos lock-downs tornaram deals desta natureza mais atrativos, o que estimulou investidores que almejavam a fortes retornos sobre o capital investido.
Um grande símbolo desta recuperação dos leveraged buyouts se passou em 2021, onde um grupo de empresas de private equity, formado pela Blackstone, Carlyle e Hellman & Friedman, concordou em comprar a Medline, empresa líder em materiais médicos nos Estados Unidos, pelo valor de US$ 34 bilhões. Segundo a Bloomberg, o negócio envolveu um cheque de US$ 17 bilhões por parte dos fundos, e o resto foi financiado via dívida. Essa transação foi reportada como o maior leveraged buyout desde a crise financeira de 2008.
Neste mesmo ano, a Cypress assessorou o FIP Pirineus no leveraged buyout para aquisição da participação de 51% da Petrobrás na Eólica Mangue Seco II, no valor de R$34,2 milhões, assegurando o controle total no ativo por parte do fundo.
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