Joint Venture: Por que essa estratégia pode ser interessante para a sua empresa

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Por Estefani Costa

O processo de compra e venda de uma empresa não é o mesmo ou sequer parecido para todos que decidem fazer um M&A. Dentro do universo de fusões e aquisições existem diversas categorias de estratégias que se encaixam para diferentes situações.
Uma dessas categorias é o joint venture. Na tradução literal, o termo significa “aventura conjunta”. Veremos mais a frente porque esse termo faz todo sentido.
Joint venture é uma parceria entre empresas de diferentes segmentos de atuação que costuma ser formada para o desenvolvimento e/ou a execução de um projeto específico. Diferentemente de uma fusão, o joint venture é uma parceria nova e não existe a junção das empresas participantes, mas sim a criação de uma nova operação.
Para exemplificar, um dos cases mais clássicos do Brasil é a Raízen, união das empresas Shell e Cosan que se tornou uma das empresas mais importantes no segmento de energias renováveis no País.
O caso da Raízen é um dos mais famosos, porém está longe de ser o único que pode ser citado aqui. Operações desse tipo vêm ganhando bastante destaque, principalmente belos benefícios conjuntos. Abaixo citamos algumas das inúmeras vantagens dessa operação de parceria:

  1. Atingir novos mercados: Um exemplo é o da BMW. Em 2003 a empresa alemã se juntou à montadora chinesa Brillance Auto Group. A parceria foi crucial para a entrada da BMW no território chinês, já que as leis do país exigem que as operações estrangeiras tenham pelo menos 50% de participação de uma empresa local.
  2. Transferência de tecnologia e know-how: Em 2007, as marcas Unilever e Perdigão se uniram para ampliar a participação de mercado da Becel. A Unilever ficou responsável pelo investimento em pesquisa e desenvolvimento, e a Perdigão ficou com a produção, venda e distribuição.
  3. Para melhorar a performance: Um caso recente é das principais tradings do mundo (ADM, Amaggi, Bunge, Cargill e LDC) que entraram com pedido de aprovação no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para a criação de uma joint venture no setor de transportes rodoviários. A parceria permite aos players melhorar os seus canais de distribuição compartilhando os riscos do empreendimento.
  4. Para ganho de valor da marca: Em 2019, a Raízen se associou à Femsa para explorar o mercado de lojas de conveniência no Brasil. A Raízen buscou uma parceria com um player experiente no mercado com o intuito de expandir o valor da iniciativa. Cypress foi o assessor financeiro exclusivo da Raízen.
  5. Compartilhamento de riscos: O grupo Casa dos Ventos e a francesa TotalEnergies se juntaram para criar a CDV Holdings para unirem forças no desenvolvimento e operação de novos parques renováveis no Brasil, incluindo projetos de hidrogênio e amônia verde.

Vale ressaltar que as vantagens acima não são excludentes e, muitas vezes, uma depende da outra. Independente dos motivos que levem a sua empresa a optar pela estratégia de joint venture, a escolha de um assessor financeiro com a expertise e comprovação de capacidade de fechamento como a Cypress é fundamental para o sucesso da transação do começo ao fim.

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